Translate


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cadáver


Todos os dias, a mesma cena
Um túmulo violado, vazio
A carcaça nele já não repousa
Ela caminha como os estúpidos vivos

Sem alma, sonhos ou arrependimento
Um amor que morreu antes mesmo de florar
Mesmo quando a primavera explodia
perfumes, cores, amores...

O cadáver corroído pela terra, pelo tempo
Caminha para o mar adormecido
entre as ondas e espumas brilhantes
O feio desgraçando o quadro divino

Um coração podre que ainda bate
Escondido entre costelas quebradas
Grita sem voz, na lei do silêncio mortal:
- Ajuda-me! Pois de amor padeço!

By: Katrina De Salem

Um comentário: