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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Conto de Amor da Donzela & o Fantasma




Por Miss Katrina de Salem ( Larissa Rodrigues ) & Lord Assis



Miss Laryssa Rodrigues diz:

"Uma moça andando por uma floresta coberta pela névoa, com pequenas pétalas de flores brancas flutuando pelo ar frio, vez ou outra um relinchar de unicórnios, Ela os procura, só encontrando troncos grossos de árvores... novamente outro barulho... " _

Lord Assis diz:

"... Seus passos são fortes, mas dóceis ao encontro do chão, tudo com uma pesada delicadeza, suas mãos se enchem do mais puro orvalho que se une as pequenas gotas de suor de sua pele, como um perfume inodor que fascina a qualquer um que a encontre, nos grossos troncos da floresta de cristal..."


Miss Laryssa Rodrigues diz:

“Agora a donzela encontra *The Forgotten Castle...
Adentra as portas que rangem, como que a lamentar um passado não muito distante...”



Lord Assis diz:

“Perdida, mas sabe que por ali já entrou”.
“Já passou por aquele solo”


Miss Laryssa Rodrigues diz:

“Chama por alguém, sem, no entanto obter resposta... Apenas cortinas velhas dançando sem se importar pelo vento frio que as toca”

Lord Assis diz:

“Algumas das velas se apagam ao seu redor, as outras continuam a chorar cera na pequena poça de água logo abaixo, especialmente para isto. O vento acaricia o seu belo rosto, mas só sente um frio quando este percorre apenas a sua espinha”

Miss Laryssa Rodrigues diz:
“Máscaras de festa pelo chão, lembranças por todos os lados, algo fez os bailarinos deixarem repentinamente aquele lugar. A pequenina mão trêmula pelo frio busca uma das máscaras que embora coberta pelo pó, é bela. Espere! Um vulto por um corredor a chama! Que belo vulto, parecia convidá-la a dançar! Será um fantasma?”

Lord Assis diz:
“Ela caminha na sua direção, ela caminha para o nada, e nada ali encontra nem ao menos esperança, sua cabeça cai como seus ombros, então o silencio padece em um pequeno sussurro em seu ouvido, ela não consegue identificar o que lhe é falado, mas reconhece a voz”

Miss Laryssa Rodrigues diz:

“Os olhos vivazes pela esperança nova que lhe sopra o coração, buscam pelo ar um rosto que lhe seja familiar. Talvez o mesmo rosto que via em suas visões e sonhos mais lindos. O amor que nunca encontrara. Nada encontra novamente... Uma lágrima quente corta o frio do rosto angelical. Será que está mesmo sozinha? Neste lugar tão obscuro! Onde nem a morte quis ficar.”

Lord Assis diz:

“ por toda sua vida, sentiu um vazio dominar o âmago de seus sentimentos, se sentia incompleta, sem razão para estar vivendo, mas neste momento, tudo isto até agora não a importava, nem consegui se lembrar disto, pois neste instante não se sentia mais assim”

Miss Laryssa Rodrigues diz:

“No final no longo corredor, em meio a névoa inquieta, o escuro se rompe, dando-lhe a visão de seu fantasma. Sussurros ecoam por todo o lugar, nada que fizesse sentido, apenas frases sobre solidão, morte, tristeza. As pernas ergueram-na com rapidez, sem pensar, correu o mais podia, seguindo seu amor fantasmagórico.”

Lord Assis diz:
“Ela corria, corria desesperada, como nunca antes havia feito, como se sua vida dependesse disto, estica seu braço em direção a sua visão de amor, mas a cada vez mais próximo, ela sentia como se estivesse mais distante, ele aos poucos some, se unindo a poeira que é levada pelo vento. Ao se deparar com esta situação, vê-se fraca”

Miss Laryssa Rodrigues diz:

“Mas ela não queria mais a luz. Queria as sombras! Onde melhor podia vê-lo! Mesmo que passasse toda sua vida caminhando com solidão pelas passagens daquele castelo, para ter sua visão que nada dura, mas que dizia amá-la. Quis morrer! Morrer e fazer parte do nada com ele... Deitou-se no chão sem pensar, e esperou, esperou a chegada do anjo mortal, esperou pra ver-se livre com ele dançar nas sombras”

Lord Assis diz:
“Deitada, em suas mãos um cálice prateado, com vinho adulterado pelo veneno que trazia consigo, e logo vem sofrido o seu último suspiro, pelo o menos isto achava, em sua mente a voz se repetia, e agora dizia: "venha para mim, venha dançar comigo em seus sonhos", a poeira com o tempo tomou lugar ao pútrido corpo da amante sem coração, pois agora ela se via feliz.”


Miss Laryssa Rodrigues diz:

Fim...

*Forgotten Castle – Faixa do disco Zero Project – Fairy Tale
apreciávamos este álbum enquanto escrevíamos.
Album disponivel em:

http://www.jamendo.com/br/?m=player&url=album/60457

sábado, 12 de junho de 2010

Antigas novas dores - Amor -

Porque tanta lágrima em meu rosto?
Pranto que rola com tanta angústia
Meus olhos gritam sem fazer eco
Gritam na dor que me trouxestes

Tão breve me é o amor
Morre de súbito, assim me matando.
Corrompe as entranhas já tão doentes
Arranca-me as carnes já retorcidas

Porque tu afinal?
Tua poesia me trouxe luz
E assim também levou-me a vida
Roubou as cores que me emprestou

Bem me avisara meu monstro onírico
Que amor nada cura, só contamina.
Maldito seja o veneno que cuspiu
Sobre as feridas de meu coração!

Volta pras tuas sombras
A escuridão de onde saiu
Retorna pra tua musa
Que erroneamente sonhei ser eu

Porque então ainda choro?
Se nada fizestes de diferente!
Como outrem, me trouxe alegria
E bem depois, decepção.

Mais uma vez, traí a verdade
Com a utopia tão fraca do amor
Pensando ter tu quebrado minha armadura
Derretido o gelo que me amaldiçoa

Meu inverno não acabou
Apenas começa o novo ciclo
De dores mais fortes, lágrimas caindo
E tu foste meu arauto da dor nesta hora.

Começa minha chuva torrencial
Cinza está o céu e oscilante o firmamento
A temporada de horror começa
Com a lágrima que caí solitária.

By: Katrina De Salem

Tentação


Deixa-me desfrutar de teu verde olhar,
Caminhar pelos campos que nele vejo,
Perder-me nas estradas de tua mente misteriosa
Enquanto sonho com tua pele, teu toque, teu suspiro.

Quero fundir minha alma com a tua,
Habitar teu corpo, habitar teu santuário.
Fixar morada em teu coração...
Teu coração!

Tão frio, escuro, inocente, afável e arredio.

Misturando-se a tua figura soturna, cruel.
Essa casca que te veste,
Te tornando tão mais pavoroso do que é.
Diga-me, que sabores esconde tua boca pequena?
Que lamentos tu abafa? Que gemidos tu oculta de mim
Quando toco lasciva tua pele pálida e tão fria?

Me fale, que prazeres teu corpo omite?
Revela-me teu abraço, teu toque, teu beijo!
Se nada de mim pretendes, porque segue-me nos sonhos?
Que diabrura tu deseja afinal?

Tentar donzelas com teu porte escultural, levar a loucura?

Me prende em teus braços, deixa-me cobrir-me com teus fios claros...
Vampiro insano... Tão bruto és na paixão
Tens a mim, tu já o sabes. Porque então essa hesitação?
Rouba-me! Rouba-me pra longe
Contigo vou até as profundezas se preciso for

Tudo! Tudo para viver contigo esse amor.

By: Katrina De Salem
Dedicada á Victor -

Anjo

Quem és tu? Face formosa!
Assaltando os pensamentos meus
Nas tardes de brisa tão fresca
Sob a luz de ouro do sol

Que perfume é esse que sinto?
Das flores desses meus sonhos
Como se teu corpo abraçasse
Numa demente ilusão

Acaso és tu o meu anjo?
Enviado a sanar minhas dores
Curas uma e me traz outra:
A dor de angelical paixão!

By: Katrina De Salem

domingo, 6 de junho de 2010

Veneno


Sangue...

Que corre frio nas veias
Rios gelados de puro veneno
Levando mágoas ao coração
Infectando as entranhas orgânicas

Fluido rubro tão meu
Leve pros lábios de meu vampiro
Uma gota mortal, fatal.
Que paralise seus sentimentos

Que o amor seja eterno
Como outrora foram as estrelas
Que congele no tempo nosso beijo
E sejamos um do outro

Infindas lágrimas caíram
Pela saudade, tempo e distância.
Nada mais tenho em mim
Pois levastes meu âmago

No meio das noites frias
Desperto eu de meus sonhos
Chorando, buscando teu corpo
Encontrando um vazio morto

Apenas meu sangue ainda circula...
Ainda meu sangue circula.

By: Katrina De Salem

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Anjo e a Morte


Lá está o anjo triste no meio da noite
Sentado sozinho na sepultura
Tão frio! Sem medo, sem vida.
A boca muda, a palavra morta.

Há uma solidão sem fim que grita
Em ruas desertas na madrugada
Olhos assustados assistem
Mas a alma permanece intacta

Flagelos de coração morto
A taça de vinho quebrada
O silencio após a festa
O fracasso após o sonho

Somos um só raio de luz
Incapaz de vencer as sombras
Uma vela solitária na tempestade
Fraca, exposta, apagando...

Então vem o punhal
Vem o sangue quente rolando
Vem o suspiro final da virgem
E o Anjo levanta e nos leva

Lágrimas como rios
Fluem pra longe de mim
Eis o meu anjo da morte
Eis o meu anjo amigo

By: Katrina De Salem