Porque tanta lágrima em meu rosto?
Pranto que rola com tanta angústia
Meus olhos gritam sem fazer eco
Gritam na dor que me trouxestes
Tão breve me é o amor
Morre de súbito, assim me matando.
Corrompe as entranhas já tão doentes
Arranca-me as carnes já retorcidas
Porque tu afinal?
Tua poesia me trouxe luz
E assim também levou-me a vida
Roubou as cores que me emprestou
Bem me avisara meu monstro onírico
Que amor nada cura, só contamina.
Maldito seja o veneno que cuspiu
Sobre as feridas de meu coração!
Volta pras tuas sombras
A escuridão de onde saiu
Retorna pra tua musa
Que erroneamente sonhei ser eu
Porque então ainda choro?
Se nada fizestes de diferente!
Como outrem, me trouxe alegria
E bem depois, decepção.
Mais uma vez, traí a verdade
Com a utopia tão fraca do amor
Pensando ter tu quebrado minha armadura
Derretido o gelo que me amaldiçoa
Meu inverno não acabou
Apenas começa o novo ciclo
De dores mais fortes, lágrimas caindo
E tu foste meu arauto da dor nesta hora.
Começa minha chuva torrencial
Cinza está o céu e oscilante o firmamento
A temporada de horror começa
Com a lágrima que caí solitária.
By: Katrina De Salem
Notes From The Field (Part 1)
Há 9 anos
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