A morte veio negra e nefasta
Carnes pútridas despencam,rolam no chão
Odores angustiantes pesteiam o ar pesado
A foice não para de ceifar, incansável.
Morte!
Uma lágrima de dor cai a meia noite
Doze badaladas e uma saudade que não dorme
Um anjo vagando pela estrada sem fim
Anunciando a chegada da morte
Um sino ao longe badala tristonho
Lamenta um defunto sem vida na cova
Um uivo adora a lua no céu de estrelas
E a morte continua a eterna jornada
Morte!
A morte e a vida se tocam, se confundem
Como uma imagem no espelho da vida
Morrer é viver e viver é morrer
Um veneno que mata e cura
O sangue não pode parar de cair
Cascata vermelha e podre a jorrar
Uma lembrança, um velório, uma carta talvez
A dor, a magoa, e um inevitável Adeus
Morte!
A virgem no leito de sonhos espera
A chegada da dama negra do mundo
Ela teme, ela chora, ela não quer ir embora
Mas a morte não espera nem perdoa
A todos ela quer, a todos ela chama
Ela não escolhe santo ou profano
Ela apenas toma o que nos foi dado
Ela chega sem aviso e é inevitável
Morte!
By: Katrina De Salem
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