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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Lírios



Lírios, tão belos! Os quero pra mim.
Para cobrir meu sepulcro tão frio.
Na paixão do poeta que morre
Irei buscar na poesia um veneno

Em bosques nevoados te escondes
Guardando os lírios que são meus
Me dando uma morte tão lenta
De passos tão falhos e desacertados

Triste criatura que chora sozinha
Debatendo-se em interminável agonia
Mas ainda na escuridão da morte
Agarra os lírios e junto deles chora.

Esqueci minha humanidade de outrora
Sou monstruosa em meu isolamento
Meu grito ilegível atormenta quem o ouve
Só choro, só rezo, pra ter lírios no sepulcro.

Escondi-me nas sombras do esquecimento
Aguardei o fim da era dos homens
Lacrimejante, tão desejosa do fim
Mas no mortuário eu espero por lírios.

By: Katrina De Salem

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