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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Solidão VI

Minha alma fenece em campos distantes
Agoniza lentamente com o sol poente
Pinta o horizonte em tons de vermelho
Um cheiro tão mórbido de dor

O sino badala ao longe em sussurros
Um triste lamento ao indigente que desce
Nas terras pútridas do cemitério
Acompanhado por uma miséria cortante.

A quietude do mato cheirando a chuva
A noite caindo como pluma ao vento
Sombras dançantes me engolem na noite
E um grito ecoa de uma boca sem voz

Descalço e com medo, deitada entre pedras
Os olhos tão frios, sem nada enxergar
Um delírio de virgem que sonha
Um desejo de mal que de mim se apodera

A flor tão austera de campos Elíseos
Colhida pelas mãos de cruel predador
Não sabe que a luz é parte das sombras
Não sabe que caminho deve tomar

Na lama escura também nascem lírios
De extrema beleza e esplendor
Não se envenenam ou se corrompem
Assim então deverei eu ser.

By: Katrina De Salem

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