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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Poesia de Morte




Chorai!

Poeta meu de misérias infindáveis e imensuráveis.
Bebei na poesia o liquido sublime da vida
Mas nas sombras tu te perdes toda hora
Na blasfêmia vossa alma mendiga por piedade

Na noite te entregas ao vicio insano da carne
Abafando tuas entranhas tão frágeis e tão cheias de amor
Esquecestes o afago gentil da luz das manhãs de maio
O brilho dos mares já não impressionam vossos olhos frios

Um véu denso e escuro posto por nefasta senhora
Aos teus olhos tem cegado sem disto te aperceber
Punhaladas desferidas em cheio em vosso peito
Fazem-no morrer antes da hora!

Reuniste em luxuoso salão para um baile profano
Uma corte de sombras que te rodeiam e te querem
Arrastando-te para o obscuro abismo dos homens
Teus pés na louca dança, te traem te levando a armadilha

Caístes, pecador poeta da noite!

by: Katrina De Salem

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