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sexta-feira, 2 de julho de 2010

O monstro



Pelas sombras de esquecida floresta
No silêncio augusto da mata
Estranha criatura se esquiva
Dos olhares cruéis da humanidade

Monstro de faces tristonhas
A murmurar qualquer coisa na noite
Chorando junto a um brilhante riacho
Lamentando-se diante da branca lua

Sua alma jamais encontrou descanso
Afoga a alma em cálice de dor
Bêbado de angustia agoniza na penumbra
Pelo sonho primaveril que jamais tivera

O amor nunca tocou-lhe a escura alma
Nenhuma mão ampara-lhe o pranto
Não há coração que do dele se compadeça
Delicado sorriso jamais o agraciou

Sua aparência grotesca a toda alma assusta
Mas no âmago miserável em sangria quer amar
Deseja com o coração em trapos abster-se das trevas
E na luz sadia um dia talvez dormir & sonhar.

By: Katrina De Salem

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