Na noite de trevas dançantes
Algo fulgurou mais que a lua
Erguida impassiva na palidez
Sob os olhos d’algum lobo
Um violino afoito chorava
Num quarto de luz umbralina
As notas fulgazes fugiam
Rodopiando pela estrada vazia
Ouvidos latentes, olhos dormentes
Ninguém o ouvia
Senhora soturna ouviu
E co’as sombras veio dançar
Na chama do candelabro
Tatuada na parede moveu-se
Dama hostil de olhos ardentes
Convidando-o para valsar
O arco não perdeu a vida
As cordas não emudeceram
A morte frustrada partiu
Levou um manto escuro
Desfiando a madrugada
By: Katrina De Salem
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