Tristeza não é um nome
É um rosto que fito desolada
Em busca de cicatrizes
Que me dizem quem eu sou
Tristeza não é um nome
É o que carrego em minhas entranhas
Tão habilmente escondido
Velada sob o manto do sorriso
Tristeza não é um nome
É abismo pra rastejar
Um inferno pessoal e intransferível
A ferida que batiza
Tristeza não é um nome
É o veneno que eu sorvo
Me matando vagarosa
O rastejar de uma negra serpente
Tristeza não é um nome
É meu rosto e minha alma
Minha obscura identidade
Meu sobrenome e irmandade.
Tristeza é alegria avessa
Pintada em negro e sarcástica
A boêmia que se ri
De tudo que se quebra em mim
by: Katrina De Salem
Nenhum comentário:
Postar um comentário