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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sempre



Tão frio ele jaz, permeia a escuridão
Perfura teias, véus e lençóis
Esgueirando-se na noite aguda
Alcança-me sempre voraz

A fera louca que me devora
Sem dó rasga-me em pedaços
Nada resta nas suas garras
Farrapos em suas vis presas

Louca prisioneira conduzida
Aos pés de alguma guilhotina
Debatendo-se inútilmente
Como ave selvagem cativa

Queria afinal voar livre
Escapar do monstro que me sorve
Impiedoso e ardiloso
Sempre que olho as estrelas.

by: Katrina De Salem

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